A
moça dobrou a esquina com vontade de acasos, surpresas, ar livre, vida. Com
vontade. Mas sua casa era de esquina e a esquina era seu caminho de sempre e
sempre voltava para casa com vontade e sua vontade morria em casa como os dias
na janela de vidro do seu quarto trancado. A moça se sentia sem ar. A moça parecia
morta. A mosca morta.
semhorasesemflores@blogspot.com
Gostei muito. Conciso, e bem imaginativo. Vai além da leitura. Parabéns.
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