domingo, 14 de março de 2010

CYNTIA

Chegou devagarzinho para não fazer fumaça. Mil coisas lhe passaram pela cabeça, talvez uma pergunta que chamasse a atenção dela...
O nome dela ele já sabia, pois estava gravado na plaqueta da cabine.
O que dizer então em tão breves segundos, que pudesse diferenciá-lo dos milhares que passam por ali diariamente e contemplam tanta beleza?
Como sempre, a voz sumiu e ele acabou por não dizer nada. Ela lhe entregando o troco desejou-lhe uma boa viagem.
Mais uma vez ela era a Cyntia, a arrecadadora do pedágio. Queria ele que fosse a Cyntia, o amor platônico que é possibilitado por alguns segundos, entre o pagamento e a autenticação do recibo.


LAMPARINA

Um comentário: