sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

D.N.A.

Estava na encruzilhada da vida.
Para trás... seu passado, suas origens...
em ruínas, sem identidade... se esvaindo vagarosamente em névoa, disforme, da noite alta.
Para frente... seu futuro, seu mundo, seu tesouro, seu orgulho, sua razão de ser e viver,
Seu FRUTO...
Se distanciando galopante, no frescor da brisa do amanhecer... oásis ...
Já não podia acompanhar seus passos largos... Enquanto caminhava devagar..., ofegante, se arrastando pelo desgaste da sofreguidão do meio dia... do tempo...
Agora, estava só.
A distancia entre as raízes e o fruto... era infinitamente impossível conciliar... elo rompido... laço desfeito... coração quebrado, lágrimas amargas, suor de sangue... no deserto da vida, farrapo, trapo...
prostra-se ali mesmo enquanto o relógio do tempo, cavalga galopante em direções opostas.
Só resta a companheira pálida, gélida... ou morna?... solidão.

INAVA

Nenhum comentário:

Postar um comentário