Poliana abria os olhos numa explosão a cada vez que acordava. Pulava da cama, levava as cobertas. Poliana queria maximizar cada instante. Ai, como queria a Poliana. Viver tudo de cada, cada dia! Não lhe bastava o tranco cotidiano e padronizante da valsa diária, ela precisava era de caminhar dançante. Uma ânsia, um desespero de vida, um medo, uma força que a empurrava! Poliana morreu aos dezoito anos, virgem, de taquicardia.
Paloma Correá
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