Ela acorda. Olha para lado: escuro. Olha para o outro: escuro. Olha para o chão: escuro. Levanta-se. Vai até onde está o interruptor: nada. Luz queimada. Procurando a porta, bate no criado mudo. Caem coisas no chão. Acha a porta, abre. Sente algo quente tocando seu rosto. Uma mão toca seus ombros. Ela se vira em direção à pessoa: nada. Só ouve: "Querida, onde estão teus olhos?!!?"
Este espaço é para quem gosta de escrever contos e curte um desafio literário. Escreva um nanoconto e faça parte do nosso grupo. Para participar entre na configuração do blog usando o e-mail nanoconto@gmail.com e a senha contista. Agora é só postar o seu nanoconto. Divulgue este blog!
quarta-feira, 31 de março de 2010
Tarja Preta
Duas da manhã: bar. Quatro da manhã: hospital. Seis da manhã: rua. Seis e um da manhã: lágrimas. Seis e meia da manhã: farmácia. Seis e cinco da manhã: roubo na farmácia. Sete da manhã: quarto escuro. Sete e um: toma o remédio. Três dias depois: morgue.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Desabafo
Foi direto para o bar.
Bebeu, lamentou, chorou...
Chegou em casa, beijou a esposa e os filhos e foi dormir.
Victoria
victoria.pereiradasilva@gmail.com
www.victoriacontos.blogspot.com
sábado, 27 de março de 2010
Alcóolatra
Durante muitos anos aquela mão tremia.
Agora ela está imóvel.
Ao seu lado, uma garrafa vazia.
Agora ela está imóvel.
Ao seu lado, uma garrafa vazia.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Morrer...
Eu morrendo de amor...
Ela, morrendo de rir.
Eu morrendo de ciúmes...
Ela, morrendo de rir.
Eu morrendo em lágrimas...
Ela, transformando minhas lágrimas em sorrisos.
Cada um morrendo ao seu jeito, a dor dela parece mais indolor...
Mas a minha é verdadeira, a dela é hipocondria!
KIKO
Ela, morrendo de rir.
Eu morrendo de ciúmes...
Ela, morrendo de rir.
Eu morrendo em lágrimas...
Ela, transformando minhas lágrimas em sorrisos.
Cada um morrendo ao seu jeito, a dor dela parece mais indolor...
Mas a minha é verdadeira, a dela é hipocondria!
KIKO
terça-feira, 16 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
grande pequenez
A mesa farta, sobra tudo não tem com quem mais partilhar...
a grande casa com poucos moradores... pessoas moram de favores, ou quase isto...
O pequeno coraçao abriga um grande amor, um imenso amor...
gavetas vazias... coração cheio com tamanha saudade...
como pode diante de tanta grandeza, sentir-se tão pequena, tão frágil, tão pobre?
Avani Faria
a grande casa com poucos moradores... pessoas moram de favores, ou quase isto...
O pequeno coraçao abriga um grande amor, um imenso amor...
gavetas vazias... coração cheio com tamanha saudade...
como pode diante de tanta grandeza, sentir-se tão pequena, tão frágil, tão pobre?
Avani Faria
CYNTIA
Chegou devagarzinho para não fazer fumaça. Mil coisas lhe passaram pela cabeça, talvez uma pergunta que chamasse a atenção dela...
O nome dela ele já sabia, pois estava gravado na plaqueta da cabine.
O que dizer então em tão breves segundos, que pudesse diferenciá-lo dos milhares que passam por ali diariamente e contemplam tanta beleza?
Como sempre, a voz sumiu e ele acabou por não dizer nada. Ela lhe entregando o troco desejou-lhe uma boa viagem.
Mais uma vez ela era a Cyntia, a arrecadadora do pedágio. Queria ele que fosse a Cyntia, o amor platônico que é possibilitado por alguns segundos, entre o pagamento e a autenticação do recibo.
LAMPARINA
O nome dela ele já sabia, pois estava gravado na plaqueta da cabine.
O que dizer então em tão breves segundos, que pudesse diferenciá-lo dos milhares que passam por ali diariamente e contemplam tanta beleza?
Como sempre, a voz sumiu e ele acabou por não dizer nada. Ela lhe entregando o troco desejou-lhe uma boa viagem.
Mais uma vez ela era a Cyntia, a arrecadadora do pedágio. Queria ele que fosse a Cyntia, o amor platônico que é possibilitado por alguns segundos, entre o pagamento e a autenticação do recibo.
LAMPARINA
sábado, 13 de março de 2010
Garota de Programa
Linda e sensual, me leva na salinha escura, mas boqueaberto diante do holofote, me entorpece de prazer e arranca-me gemidos das entranhas gengivais. Dois pontos cirúrgicos marcaram nossa conjunção carnal. É pouco diante do vazio deixado por ela.Na saída do encontro, cem paus é o preço da extração dentária
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